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Publicado a: 23/11/2015

Panda Bear apresenta mais psicadelismo no vídeo de “Crosswords”

Publicado a: 23/11/2015

Panda Bear, nome artístico do músico dos Animal Collective Noah Lennox, divulgou, na passada semana, um novo vídeo extraído da sua mais recente edição, Crosswords. A faixa, que tem o mesmo nome do EP editado em Agosto, é uma remistura de um dos temas que fez parte do seu último longa-duração, Panda Bear Meets the Grim Reaper.

São cinco músicas que constam do alinhamento deste EP que tem disponível, desde dia 13 de Novembro, com uma edição física: três faixas são inéditas – e que são ‘sobras’ do trabalho de produção que Noah Lennox fez para o último disco, editado no início deste ano – bem como versões de “The Preakness”, tema-bónus de Tomboy (disco de 2012), e este remix de “Crosswords”.

O vídeo tem a autoria do realizador Mount Emult e conta com um casting que, tal como as canções de Crosswords, podia ter tido origem em outros outakes, mas de uma série televisiva: O Príncipe de Bel Air. Não seria de espantar que tivesse sido uma inspiração visual para este universo criado pelo realizador. A série, que contava com Will Smith nos tempos em que ainda era identificado como Fresh Prince e andava acompanhado por DJ Jazzy Jeff, tinha uma forte marca do hip hop do fim da década de 1980 e início da de 1990. E esta batida de “Crosswords” parece ter algo da percussão feita de cowbell de “I’ve Got The Power”, faixa de 1990 dos Snap!. Admitimos que também há a possibilidade de estarmos a alucinar um pouco, mas também pode dever-se à influência de mais um vídeo carregado de psicadelismo de Panda Bear, em que assistimos à dança colorida, espelhada e desmultiplicada de uma personagem que podia ser um cruzamento de um Will Smith com Carlton Banks.


 


 

Os produtores de hip hop, como o próprio Panda Bear já confessou numa entrevista dada a Rui Miguel Abreu, director do Rimas e Batidas, para a revista Blitz, são cada vez mais uma influência e até um guia na sua música, sobretudo pelo trabalho dos samples. Essa é uma das principais ferramentas de trabalho e composição do músico de Baltimore (hoje em dia, um orgulhoso morador de Lisboa),  tanto a solo como com o trabalho a três em Animal Collective. “Há muitos produtores, sobretudo dos anos 90, que me marcaram. E são esses produtores dessa era específica que me inspiram especificamente por causa da forma como usaram breaks de bateria como uma fundação para as suas composições. Era essa a abordagem comum. Algures na viragem do milénio, o som mudou e as coisas começaram a ser sequenciadas de uma forma mais clínica e os ritmos perderam esse swing muito particular. Perdeu-se um certo bounce nos ritmos, passou tudo a soar mais exacto. E, mesmo sem o planear, acabei por me aproximar desse som mais ‘imperfeito’, mais ‘soluçante’”, disse nessa entrevista, em Janeiro.

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