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Publicado a: 28/12/2017

NERVE sobre a reedição de T&C/AVNP&NMTC: “Foi mesmo um álbum importante na minha vida”

Publicado a: 28/12/2017

[TEXTO] Alexandre Ribeiro [FOTO] Sebastião Santana

De 2015 para 2017, Tiago Gonçalves, rapper e produtor mais conhecido como NERVE, ganhou uma segunda vida artística pós-‘Trabalho & Conhaque’ ou ‘A Vida Não Presta & Ninguém Merece a Tua Confiança’. O sucessor de Eu Não Das Palavras Troco a Ordem terá, segundo o próprio, uma reedição com o selo Mano a Mano – Água do Bongo, EP editado em 2014, também fará parte do pacote (instrumentais incluídos).

A preparar o lançamento do novo trabalho para o início de 2018 – hoje vão poder ouvir uma faixa nova no concerto no Musicbox – , o “Sacana Nervoso” esteve activo em 2017: colaborou com Slow J (“Às Vezes“) e Mike El Nite (“Funeral“) – NERVE foi convidado frequente nos concertos de ambos – , actuou em Lisboa, Barcelos, Torres Vedras, Braga (com KESO), Porto ou Faro (não tocava no Algarve há cerca de 10 anos), lançou “Deserto” e “Diz” a solo e, para fechar com chave de ouro, produziu um tema no novo EP de Blasph. Para quem não lançou um álbum ou EP, ano em cheio, hein?

Aproveitámos o anúncio da reedição para conversar com o MC e produtor português sobre a importância de T&C/AVNP&NMTC e as novidades para 2018:

 


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Já passaram dois anos desde o lançamento do T&C/AVNP&NMTC. Olhando com esta distância temporal, o álbum acabou por significar uma viragem, positiva, claro, na tua carreira artística. Qual é a retrospectiva que fazes? O T&C/AVNP&NMTC foi crucial para que continuasses a ter vontade de criar música com regularidade?

Foi mesmo um álbum importante na minha vida e trouxe-me muitas mudanças. Não diria que o álbum foi o factor determinante que me motivou criar música com regularidade, no entanto, agora tenho mais tempo para a música, então será expectável que a produza com mais frequência, já que era essa a minha vontade quando não o podia fazer.

Tenho trabalhado muito mais em música e também nas tarefas paralelas à mesma que não se prendem com produção ou escrita. Faço muita coisa sozinho, a maioria por opção. Faz-se o que se pode do que se quer… não tenho andado propriamente a largar singles todos os meses.

Em 2017 trabalhaste com novos “jogadores” como Slow J e Mike El Nite. A faixa “Às Vezes” está quase a atingir o primeiro milhão de views no YouTube. Isto mexe contigo de alguma forma ou não tens qualquer tipo de preocupação com os números?

Tem sido enriquecedor trabalhar com alguma malta, sim, e estou ansioso para que saiam também outras participações em que trabalhei ou estou a trabalhar entretanto. A ideia é mais fazer boa música e menos ter um milhão de views mas, se acontecer, impecável.

A reedição acaba por acontecer pouco tempo depois do lançamento. Porque é que tu e a Mano a Mano decidiram reeditar o disco? Muitos pedidos?

Continuaram sempre a existir pedidos e era coisa que já se falava há algum tempo. O álbum saiu há 2 anos e estava esgotado há mais de 1. Aconteceu sair agora. Talvez tenha calhado numa boa altura, para dar ao EP Água do Bongo o formato físico que eu sempre quis fazer e fechar o ciclo do T&C/AVNP&NMTC antes de editar o novo EP.

 



Estás prestes a lançar o teu novo EP. O que é que podes revelar sobre o trabalho? 

Início do ano. Meia dúzia de faixas, a maioria delas com saxofone tocado pelo Notwan. Os instrumentais foram todos produzidos por mim, sendo este o primeiro projecto em que o faço. Depois há vários rappers e cantores convidados. Estou a gozar. Zero feats.

Como parte activa de um dos beefs mais relevantes dos últimos anos no rap português, tenho que te perguntar: o que é que achas deste embate do Piruka com Holly Hood e 9 Miller?

Gostei da introdução, dá-me imensa street cred. Quanto ao resto, não sei nem quero saber.

Hoje actuas no Musicbox e já prometeste novidades. O que é que podes adiantar que ainda ninguém sabe?

Vai ser uma noite porreira, para fechar o ano. Devo apresentar uma faixa nova do EP (que ninguém filme essa porra) e ter merch (prints e CDs) para venda. Finalmente vou poder parar de dizer “não, não tenho CDs” depois do gig. Impecável. De resto, o que esperar? Algum pessoal a vibrar no chão, outro de olhos revirados a espumar da boca, outro decapitado, outro a ver, o costume. É como diz a Capi, “a gente diverte-se imense”.

 


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