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Publicado a: 10/03/2018

Música de dança/electrónica: Uma cultura com mais de 30 anos

Publicado a: 10/03/2018

“O público do Warehouse era obviamente profundamente devoto e cedo começou a manifestar vontade de levar para casa os mais importantes temas que abalavam as estruturas do clube. Para isso dirigia-se até à Imports Etc, uma loja onde trabalhava Chip E (que também deixou a sua marca em algumas das primeiras produções House), e lá tinha à sua disposição toda uma selecção de discos que normalmente se podiam ouvir nos sets de Frankie Knuckles. Essa secção tinha o nome de Warehouse Music.

Eventualmente, a designação foi abreviada para House Music para abarcar todo o tipo de sons que se podiam escutar no clube de Knuckles. Loleatta Holloway ou os Eurythmics eram House. Ou seja, o nome apareceu antes do género ter começado sequer a gatinhar, um pouco à semelhança do que, mais ou menos ao mesmo tempo, aconteceu no Bronx com o Hip Hop. Antes do primeiro disco (“Rappers Delight” dos Sugarhill Gang) aparecer em 1979, Hip Hop também poderia querer dizer “Apache” dos Incredible Bongo Band ou “Funky Drummer” de James Brown. Tal como o Hip Hop no Bronx, também o House em Chicago começou por ser uma ideia, um som, um projecto que o tempo se haveria de encarregar de concretizar.”

– “House – A História

Rui Miguel Abreu

[TEXTO] Rui Murka [FOTO] Direitos Reservados

O Amsterdam Dance Event é um festival e um encontro anual de artistas, editoras, agências, managers, jornalistas e indústrias ligadas à música (logísticas, promoção/comunicação e marcas que  se pretendem posicionar junto do mesmo público alvo), nomeadamente a música electrónica/dança nos seus mais variados estilos, mas com destaque para o género EDM. A  primeira edição teve lugar em 1995 e é composto por actuações, conferências e outras actividades paralelas. Integrado no evento, mas com menor dimensão, acontece o ADE – Beats, onde são exploradas as mesmas vertentes da indústria ligadas a sonoridades mais alternativas, tais como drum’n’bass, trap ou hip hop, entre outras.

É uma feira onde se encontram os maiores agentes dinamizadores da área nos mais variados sectores a nível global. É um festival referência a nível mundial na sua área e, decorrendo na parte final do ano, é visto como um evento privilegiado para perceber as tendências da indústria do ano seguinte.

 


[EDIÇÃO DE 2017]

395.000 – visitantes

2.502 – actuações de artistas

610 – speakers

90 – nacionalidades representadas (visitantes)

334 – conferências

499 – eventos oficiais


[ENVOLVIMENTO DA CIDADE]

Showcasing the diversity of the industry as well as many aspects of the City of Amsterdam.

– ADE website

Todas as feiras/eventos deste género são também um evento turístico. No ADE há um envolvimento do poder local e político. É encarado como forma de projectar a cidade com um impacto económico directo de 40 milhões de euros: negócios que o próprio evento gera, alojamentos, restauração, clubs, actividades de lazer, transportes, indústrias ligadas aos eventos, etc.

It’s not that authorities are attacking dance music, they just don’t know what the cultural value is so that’s where we come in.

Mirik Milan – Amsterdam’s Mayor Nightlife

Um exemplo desta abordagem inovadora é o envolvimento de artistas, promotores, marcas e do estado no filme promocional da marca Absolut para o ADE. Partindo de uma música clássica da club culture e terminando com a participação do próprio Mirik Milan, há claramente um objectivo comum de todas as áreas, transmitindo uma importante mensagem social do evento e da cidade.

 


https://www.youtube.com/watch?v=FEEVSqmtrAs


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