[FOTO] Luísa Ferreira
Manuel Reis, fundador do espaço Lux Frágil, morreu ontem aos 71 anos, vítima de doença prolongada.
Nas palavras de Miguel Esteves Cardoso, que escreveu sobre o amigo no início deste ano numa crónica sobre os 20 anos da discoteca, Manuel Reis era “um génio de Lisboa, daqueles que emergem das lamparinas e que nos oferecem três desejos. Quanto mais impossíveis os desejos mais ele teima em realizá-los. O Frágil e o Lux Frágil eram impossibilidades, continuam a ser fantasias que, ninguém sabe como, se tornaram realidades. E todas as noites renascem.”
Um visionário que começou a impor a sua visão na década de 80, altura em que fundou o Frágil, no Bairro Alto. Alicerçado numa capacidade singular de olhar para os espaços enquanto lugares de cultura, Manuel Reis expressava a sua paixão pela música, mas também por teatro, arquitectura, design ou dança, através das suas “criações”, que, neste caso, tiveram o seu apogeu no Frágil e, mais tarde, no Lux Frágil, uma das discotecas mais conceituadas na Europa.
Do Frágil dos anos 80, no Bairro Alto, ponto de encontro de músicos e de muitos criadores de outras áreas, ao Lux como ponto de paragem obrigatória para alguns dos mais reputados DJs do mundo, passando por espaços como o Pap’Açorda ou Bica do Sapato, a Lisboa de Manuel Reis abriu-se à modernidade e ao futuro e e esse é o ponto em comum que todos os justos tributos a “Manel” Reis que as redes sociais neste momento sustentam.
Como não poderia deixar de ser, músicos, produtores e DJs reagiram à morte de “um dos maiores inventores” que a cidade de Lisboa já viu: