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Publicado a: 04/08/2017

Mishlawi no MEO Sudoeste: Portugal já está. Para quando o resto do mundo?

Publicado a: 04/08/2017

[TEXTO] Alexandre Ribeiro [FOTOS] Daniela K. Monteiro

Com quantos hits se faz uma estrela? A resposta não é linear… Temos uma sugestão: perguntem ao Mishlawi. Não sabemos onde é que ele vai buscar todo o seu sauce – pareceu adequado utilizar esta palavra neste contexto -, mas, como se costuma dizer: “cada tiro, cada melro”.

Com pouco mais de uma mão-cheia de temas lançados, Tarik Mishlawi, artista norte-americano a residir em Portugal, chegou este ano ao palco principal, um ano depois de ter tocado num dos palcos secundários do MEO Sudoeste e dois anos após o lançamento da primeira canção, “Street Jargon Freestyle”.

 


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Antes da entrada de um dos maiores fenómeno da música nacional nos últimos anos, DJ Dadda fez um pré-aquecimento com um set curto em que demonstrou que é espectador atento da música com mais hype nos Estados Unidos da América, passando “Goosebumps” (Travis Scott), “HUMBLE.” (Kendrick Lamar), “XO Tour Llif3” (Lil Uzi Vert) e “Magnolia” (Playboi Carti), a faixa que serviu como banda sonora para a entrada do resto da banda composta por cinco elementos.

Depois de uma curta introdução em que a banda aproximou-se mais do stoner rock do que propriamente do r&b ou hip hop, Mishlawi entrou de rompante e atirou-se a uma série de músicas, incluindo “Always On My Mind”, “Turn Back” ou “Boohoo”, faixa que trouxe Richie Campbell para cima do palco, repetindo o momento de ontem no concerto do membro mais mediático da Bridgetown. Para quando um “Boohoo Pt.2”?

Desde o início, o embasbacamento total e o sorriso de Mishlawi foram um reflexo da surpresa por ter chegado tão rápido a um nível que tantos tentam e nem chegam perto. Quem é que está preparado para actuar para tanta gente quando ainda nem sequer saiu do estúdio, praticamente?

 


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Para abrilhantar a actuação, o MC interpretou dois temas que situam na perfeição o local sónico em que se encontra: “Energy” (Drake) e “Bad and Boujee” (Migos), um momento que não deixou o público indiferente e, mais uma vez, a prova de que precisamos de reajustar a rota destes artistas para território nacional.

Depois de pedir para as pessoas colocarem as mãos e os telemóveis no ar, Mishlawi atacou, de forma superlativa, diga-se, “Limbo”, faixa melosa que, naturalmente, aproximou os casais à nossa volta. Sublime, Tarik.

O rapper sai do palco repentinamente, mas o regresso acontece rápido com “All Night”, o segundo tema lançado no YouTube e um dos seus maiores singles até agora. O refrão está na boca do povo e a noite é encerrada em êxtase.

Apesar de ainda ser preciso limar algumas arestas – seria anormal se fosse ao contrário – , é impressionante a maturidade de Mishlawi, um “miúdo” a brincar com Portugal como se fosse uma bola. Por mais que tentassem fechá-lo em território nacional, é uma questão de tempo até rasgar fronteiras (o que já aconteceu ligeiramente com a Rússia) e partir à conquista do mundo.

 


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