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Publicado a: 03/08/2017

Mac Miller no MEO Sudoeste: Alguém precisa de um livro intitulado Tudo o que deve fazer para ser um cabeça de cartaz competente?

Publicado a: 03/08/2017

[TEXTO] Alexandre Ribeiro [FOTOS] Daniela K. Monteiro

Tenho a certeza que existem vários nomes que precisam de ler o livro (ainda por escrever, mas podem ficar com a ideia, se bem vos aprouver) mencionado no título, mas, neste momento, só me lembro de um: Future. Se não tem um professor, sugerimos Mac Miller, miúdo-prodígio transformado em músico maduro que pegou o MEO Sudoeste pelas orelhas e apresentou um espectáculo intenso e sem falhas.

Desde o primeiro minuto do concerto, Clockowork DJ, a outra única pessoa em palco para além do rapper, ajudou à festa e serviu o protagonista com uma setlist recheada de bangers mais antigos como “Watching Movies”, tema que conta com um instrumental repescado por ProfJam em “Contra Mim”, e “Knock Knock” ou novas bombas calóricas como “Dang!”, faixa que conta com a participação de Anderson .Paak.

 


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Uma grande salva de palmas para Mac Miller: focado, interactivo e evoluído tecnicamente, o artista norte-americano é um caso sério de “underratedismo” e comprovou-o em palco. Se querem escolher um rapper branco para abrir a porta, deixem o Macklemore de lado e ponham os olhos neste talento de Pittsburgh.

Para aqueles que ficaram, “Stay” é um exemplo da influência de Chance The Rapper no rap norte-americano. O trompete tocado por Keyon Harrold na versão de estúdio só cairia melhor se o sol ainda estivesse a descer. Apesar de existir uma diferença (quase) abismal entre o material pré-The Divine Feminine e o novo disco, a verdade é que nada soa deslocado, com o espectáculo a evidenciar um aglomerado de temas delineado de forma meticulosa.

 


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Ariana Grande acompanhou o namorado nesta viagem a Portugal e, com muita pena nossa, não surgiu em palco para cantar “My Favorite Part”, belíssimo tema que faz do mais recente trabalho de Mac Miller. Fica para uma próxima.

“Weeknd”, grande canção com participação de Miguel – artista que tivemos o prazer de ver no NOS Primavera Sound no Porto – , foi uma escolhas para fechar o alinhamento e uma nova estocada a acrescentar àquele conjunto de faixas que emanam o espírito que se exige num festival de Verão. Coolness sem fim de Mac Miller. Parafraseando o rapper durante o concerto: o espectáculo foi bonito, porra!

 


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