Texto de

Publicado a: 30/10/2016

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and the anonymous nobody

 

[TEXTO] Rui Miguel Abreu

Teria sido fácil e até justificável que neste regresso os De La Soul voltassem a privilegiar a companhia de velhos aliados: MF Doom, por exemplo. Chaka Khan? Até Prince Paul ou Q-Tip. Mas não. Os De La querem fazer deste And The Anonymous Nobody um recomeço e isso por si só merece aplauso. O álbum é construído a partir de samples recolhidos nas 200 horas de jam sessions que o próprio trio produziu. O budget saiu dos bolsos dos fãs que apoiaram a campanha crowd funding: que os De La sejam capazes de encontrar uma nova forma de financiamento num universo pós-editoras é outro motivo de aplauso. Há rimas certeiras, grooves gordos, convidados pertinentes (Roc Marciano, 2Chainz), convidados de peso (Snoop Dogg, David Byrne, Jill Scott, Usher), veteranos aliados mas também uma ou duas presenças inexplicáveis (Justin Hawkins dos The Darkness?…). Os De La são corredores de fundo e conseguem impor-se numa era de velocistas. E isso também é incrível.

 


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Texto originalmente publicado na revista Blitz, em 2016

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