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Publicado a: 02/03/2017

Kendrick Lamar fala sobre o “muito urgente” próximo álbum em nova entrevista

Publicado a: 02/03/2017

Kendrick Lamar é um dos artistas presentes na capa da nova edição da T Magazine, o título do New York Times dedicado ao estilo e à moda em que o rapper surge ao lado de Beck e Tom Waits, ocasião aproveitada para levantar um pouco do véu sobre o seu próximo álbum e o que se tem passado no seu mundo.

Fugindo sempre a pormenores sobre o sucessor de TPAB, K-Dot falou, sem nunca se dirigir a Donald Trump, dos tempos turbulentos que se têm vivido: “Penso que com a forma turva e retorcida que as coisas parecem ter assumido nos últimos meses, o meu foco aponta, agora, para a minha comunidade e para aquelas espalhadas pelo mundo onde o trabalho preparatório e de fundação está a ser executado”.

Kendrick falou igualmente sobre uma nova visão e abordagem que tem nos seus discos:”To Pimp a Butterfly debruçou-se sobre o problema. Actualmente estou num momento em que já não me estou a debruçar sobre o problema. Vivemos num tempo em que excluímos um dos maiores temas nesta coisa a que chamamos vida: Deus. Ninguém fala sobre isto porque quase que entra em conflito com o que se está a passar no mundo em termos políticos, de governo e sistema.”

Como um dos grandes pensadores e escritores de rimas dos nossos tempos, o rapper tentou encontrar uma forma de passar a mensagem e o sentimento que está entranhado no “muito urgente” novo disco: “É isto que passa pelo meu pensamento enquanto escritor. Um dia, eu poderei vir a ter uma miúda pequena. Que irá crescer. Será uma criança que adoro, ama-la-ei sempre mas sei que chegará àquele ponto em que começará a experienciar coisas. E poderá vir a dizer ou fazer coisas com as quais poderei não concordar, mas essa é a realidade das coisas e, no fundo, sabes que chegará a esse ponto. E isso é perturbador. Mas terás que aceitá-lo e descobrir uma maneira de lidar – activamente – com isso. Quando digo ‘miúda pequena’ é uma analogia para aceitar esse mesmo momento quando ela crescer. Nós adoramos mulheres, a sua companhia. Nalgum ponto poderei vir a ter uma filha que me falará, quando crescer, do seu relacionamento com uma figura masculina – coisa que a maior parte dos homens não quer sequer ouvir falar. Aprender a aceitá-lo e não fugir disso: é desta forma que quero sentir este álbum.”

O membro da TDE é nome omnipresente e deixa a sua marca por todo o lado. Quando não o vemos a solo, as participações vão saciando a sede de nova música: em 2016, Kendrick entrou em discos de Kanye West, Mac Miller, Schoolboy Q, Isaiah Rashad, Travis Scott, Beyoncé, Sia, Danny Brown, DJ Khaled, BJ The Chicago Kid ou, para espanto de muitos, dos insípidos Maroon 5. Em 2017 já o pudemos ouvir no novíssimo Drunk de Thundercat.

Depois de To Pimp a Butterfly (2015) e untitled unmastered. (2016)a fasquia encontra-se elevadíssima para um dos artistas mais ambiciosos dos últimos tempos. Fiquem então com o último trabalho lançado:

 


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