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Publicado a: 14/10/2016

Joaquim Albergaria: “Licensed To Ill é o documento de amigos a fazer o que queriam fazer sem pensar nas implicações”

Publicado a: 14/10/2016

[TEXTO] Alexandre Ribeiro [FOTOS] Vera Marmelo / Direitos Reservados

 

Licensed To Ill, álbum de estreia dos Beastie Boys, foi um vigoroso exemplo piopneiro de miscigenação entre hip hop, rock e punk no universo mainstream e, passados 30 anos do seu lançamento, é reeditado em vinil. 15 de Novembro de 1986 é, para muitos, a data que marca a primeira invasão do rap enquanto força-motriz da indústria musical – foi o primeiro álbum hip hop de sempre a ser número um no Billboard 200 Chart. O ReB foi falar com artistas, divulgadores culturais e jornalistas sobre a importância do disco nas suas vidas. 

 


vera marmelo joaquim albergaria


 

A primeira escolha recai sobre Joaquim Albergaria, homem que já teve várias vidas como frontman dos Vicious Five, baterista dos Paus e radialista (actualmente na Antena 3) A relação inicial não foi amor à primeira vista: “No início dos 90s esse disco estava presente em montes de sítios onde eu fui à procura da minha identidade: MTV, provas de skate, concertos de hardcore e nas cassetes que se trocavam. Obviamente, foi o ‘Right to Party’ que me bateu. Só depois, mais tarde, quando me caiu a ficha do Paul’s Boutique e o vídeo do ‘Intergalactic’ me mostrou o outro lado dos Beastie Boys, aí começou a minha investida no mundo dos 3 de Manhattan”, revelou Albergaria sobre a sua relação inicial com a música de Mike D, MCA e Ad-Rock.

Naturalmente, os Beastie Boys trouxeram uma mudança ao que se fazia até à altura da sua estreia. O músico revela-nos o que achou mais relevante: “Para mim, foi uma ideia de liberdade. O espírito punk levado para um contexto pop. Três fedelhos com rimas de merda e com mais atitude que talento. Um produtor com mais visão do que know how e todo um espaço por ocupar entre o punk, o rap e o rock. O que me entusiasma ainda no Licensed To Ill é o documento de amigos a fazer o que queriam fazer sem pensar nas implicações. Sem pensar na história, sem pensar nas regras; Só no que eles e os amigos deles queriam ouvir.

Apesar de reconhecer a importância do disco, Joaquim Albergaria dá preferência em termos de gosto e influência musical a Paul’s Boutique e Hello Nasty, outros dois trabalhos seminais e incríveis do triunvirato que tomou a indústria de assalto com uma sonoridade inovadora e barulhenta.

 


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