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Publicado a: 13/05/2016

E já aí está o novo trabalho de Chance The Rapper: Coloring Book

Publicado a: 13/05/2016

O novo álbum de Chance The Rapper, apesar do artwork se manter o que foi revelado há um par de semanas, tem afinal por título Coloring Book e acaba de ser lançado através da Apple Music.



O alinhamento de Coloring Book é, compreensivelmente ambicioso tendo em conta o crescente impacto que a carreira de Chance tem vindo a registar:

1. “All We Got” featuring Kanye West & Chicago Children’s Choir
2. “No Problem” featuring Little Wayne & 2 Chainz
3. “Summer Friends” featuring Jeremih & Francis & The Lights
4. “D.R.A.M. Sings Special”
5. “Blessings”
6. “Same Drugs”
7. “Mixtape” featuring Young Thug & Lil Yachty
8. “Angels” featuring Saba
9. “Juke Jam” featuring Justin Bieber & Towkio
10. “All Night” featuring Knox Fortune
11. “How Great” featuring Jay Electronica & My cousin Nicole
12. “Smoke Break” featuring Future
13. “Finish Line / Drown” featuring T-Pain, Kirk Franklin, Eryn Allen Kane & Noname
14. “Blessings”

Kanye West, Lil Wayne e 2Chainz, Jeremih, Young Thug, Justin Bieber, Knox Fortune, Jay Electronica, Future, T-Pain… Chance insiste em referir-se aos trabalhos que vai lançando como mixtapes, insiste também na sua distribuição gratuita (usando, uma vez mais, a Apple Music, que, para já, disponibiliza o álbum para streaming) e até está na base de uma petição que pretende tornar estes trabalhos elegíveis para os Grammys. Mas a verdade é que com um tal cast de convidados é impossível não atentar na seriedade do seu trabalho e na sua ambição artística.

Chance, aliás, teve hipótese de falar aprofundamente no seu posicionamento artístico face ao mundo num recente e muito interessante artigo de capa para a revista Complex.

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 Juntamente com Lin-Manuel Miranda, o fenómeno da Broadway que é a estrela principal do incrível sucesso de bilheteira que é o musical Hamilton, Chance discute a sua arte, a inspiração que estes trabalhos da Broadway lhe trazem (participou mesmo numa mixtape que conta com produção de Questlove que deverá sair em jeito de “spin off” deste musical sobre um dos “founding fathers” da América – tudo indica que estará para breve) e a sua ética artística.

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Algumas das ideias que Chance The Rapper partilhou durante a entrevista com a Complex ao lado de Lin-Manuel Miranda.

[Agarrar as oportunidades]

Definitivamente penso que estou numa corrida para escrever tudo o que me for possível, como o Alexander (Hamilton). É exactamente como o Eminem em 8 Mile: só se tem uma oportunidade. Fomos levados a acreditar que a música é um campo em que somos descobertos e passamos a vida a tentar que isso aconteça. Por isso a minha “oportunidade” é falar de uma série de oportunidades. Quando se é um rapper, olha-se para cada oportunidade como aquela que tem que se agarrar.

[O legado]

O meu pai sempre me disse que o meu legado seriam os meus filhos. E eu penso que a coisa mais importante acerca do acto criativo é a forma como a música acaba por interagir com as pessoas, e o tempo em que é lançada, e os tempos que a acompanharão depois de desaparecermos e como terá impacto no mundo.

[Kanye West…]

Não há, na verdade, uma responsabilidade de falar às pessoas nas nossas conquistas, mas penso que no lugar de Kanye… É o Kanye West. Se eu fosse um dos maiores artistas desta geração, e das últimas gerações e de algumas gerações que ainda estão para chegar eu provavelmente diria o mesmo o tempo todo, especialmente sendo negro e tendo toda a gente contra mim. Eu estaria sempre assim: “deixem-me cá relembrar toda a gente o tempo todo”.

[Coloring Book vs. Surf]

Sim. Este novo material é muito melhor do que Surf. E não me importo que isso fique registado. Donnie (Trumpet) é incrível, mas isto somos todos nós a focar os nossos esforços para uma cena muito hip hop e muito dançável e isso sabe bem. estou muito excitado com o novo álbum.

[Hamilton]

Tão fixe. Adoro a peça. Não sei se já o disse. Adoro-a. O aspecto musical, a encenação é incrível. Lin arranjou-me bilhetes para eu a ir ver porque já se sabe que é impossível conseguir bilhetes. E eu fui ver e sentei-me ao lado de Quentin Tarantino.

Chance The Rapper lançou Surf em 2015 e por aqui já tínhamos identificado a forte influência que a Broadway surtia sobre a sua música. Depois assinou um memorável concerto no Ericeira Summer Fest, mostrando que é um artista tão forte em palco como em estúdio. Agora finca os pés no presente com um novo e ambicioso projecto, Coloring Book, que em breve merecerá atenção crítica aqui no Rimas e Batidas.


https://www.youtube.com/watch?v=uZyt5dSNcFo

 

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