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Publicado a: 21/12/2016

7 discos de hip hop que escaparam às listas de melhores do ano em 2016

Publicado a: 21/12/2016

[TEXTO] Amorim Abiassi Ferreira [FOTO] Aaron Wynia 

 

Estamos na recta final de 2016 e isso significa que a quantidade de listas de melhores do ano já começou a inundar a Internet. Contudo, o universo musical é vastíssimo e nele encontram-se bastantes mais pérolas do que aquelas que cabem num top 50. Sendo assim reuni, para quem quer partir à descoberta do menos óbvio, 7 discos de hip hop que tornaram 2016 num ano bem mais interessante. 

 


7º – [Lance Skiiwalker] Introverted Intuition

Um dos mais recentes membros da TDE, Lance Skiiwalker, estreia-se com Introverted Intuition. Um álbum que peca quase fatalmente pela quantidade de skits que inclui. Pondo isso de parte, é uma escuta divertida, para fazer companhia ao sol de Inverno que não nos tem faltado.  

Destaque: “Toaster (feat. Schoolboy Q) e “Stockholm” (feat. Michael Anthony)

 


6º – [Jazz Cartier] Hotel Paranoia

Em Hotel Paranoia, a produção de Lantz é rica e mostra que a evolução de Jazz Cartier se faz ao lado de quem lhe compõe os beats. Entre o trap e o hip hop com um ângulo cinemático, a qualidade de todo o projecto é coesa. O flow do rapper é flexível e os refrões são enfrentados com segurança, sendo também um prazer ouvir o descontrolo vocal em músicas como “100 Roses”.

Destaque: “100 Roses” e “Stick & Move”.

 


5º – [Night Lovell] Red Teenage Melody

Desta lista, é provavelmente o álbum que mais ouvi na íntegra durante o ano de 2016. Night Lovell é monocórdico e hipnotizante o que, em combinação com as produções presentes em Red Teenage Melody, cria uma combinação que pode não ser surpreendente, mas que soa bem em mesmo muitos contextos e com tanta facilidade se repete.

Destaque: “Boy Red” e “I’m Okay”.

 


4º – [clipping.] Splendor & Misery

Em Splendor & Misery, clipping. arrasta-nos numa descolagem abrupta que nos encurrala numa história de ficção científica. Algures no espaço, num lugar nada seguro, Daveed Diggs narra-nos, sempre a velocidade desconfortável, o estado da situação. Técnica aqui existe em abundância, enquanto cada produção foi pensada a tornar este cenário cada vez mais real aos nossos ouvidos. Um dos melhores álbuns conceptuais que 2016 teve para nos oferecer.

Destaque: “All Black” e “Air ‘Em Out”.

 


3º – [Swet Shop Boys] Cashmere

Cashmere é um projecto que contém a colecção de samples orientais mais arriscados desta lista. Os Swet Shop Boys são formados por Heems (ex-Das Racist) e Riz MC. O humor é frequente, a crítica ainda mais. A dupla explora, sem medos, a forma como um indiano (Heems) e um paquistanês (Riz MC) são encarados nos Estados Unidos, com bangers intensos pelo meio.

Destaque: “T5” e “Shoes Off”.

 


2º – [Rome Fortune] Jerome Raheem Fortune

Rome Fortune com a sua barba verde pertence à Fool’s Gold Records. Transborda carisma e tem ao seu lado um produtor de longa data, Cubby. A colaboração entre os dois dá a todo Jerome Raheem Fortune uma sonoridade incrível e o rapper mantém o nível encontrando maneiras criativas de lançar rimas sobre os beats e sabendo quando estes também devem respirar.

Destaque: “Blicka Blicka” e “Past Future”.

 



1º – [Hak] June

Hak era membro dos Ratking, o trio de Nova Iorque que criou alguns dos discos (“So It Goes”, “700-Fill”) mais interessantes de rap barulhento dos últimos anos. Entretanto, decidiu traçar o próprio rumo e encarregou-se da produção do seu próprio disco. Claramente Hak não tem medo de experimentar e arriscar, o que torna o álbum numa escuta a não perder. A sensibilidade de June e as potenciais portas que abre são estonteantes.

Destaque: “Look Forward To” e “Solitude”.

 

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