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Publicado a: 16/07/2018

Conan Osiris, Piruka e Surma dão rosto e voz a nova campanha publicitária

Publicado a: 16/07/2018

[TEXTO] Gonçalo Oliveira [ENTREVISTA] Alexandre Ribeiro [FOTO] Direitos Reservados

A NOS tem em marcha uma nova campanha publicitária, “A minha casinha é GiGA”, com algumas caras bastante familiares. Piruka, Conan Osiris, Throes + The Shine, Surma ou Moullinex interpretam “A Minha Casinha”, a versão de Milú, no novo anúncio.

A relação entre a música e a publicidade vem desde os tempos em que a rádio era o principal meio de divulgação. Os artistas, enquanto personalidades mediáticas, aproximaram-se cada vez mais das marcas com o aparecimento da televisão, que beneficiou de credibilidade instantânea nos seus novos produtos ao associá-los não só à música, mas também ao rosto de alguém popular entre as massas.

A história mostrou-nos o impacto que teve, por exemplo, um anúncio da Pepsi ao escolher Michael Jackson como estrela principal em época de “Thriller”. Mais recentemente, demos conta da fantástica combinação entre a Apple, Spike Jonze, FKA Twigs e Anderson .Paak. Em Portugal, esta táctica de marketing já vigora há muito tempo e a NOS até conta com registos semelhantes no seu historial, visto que herdou o passado da Optimus, marca que juntou, por exemplo, os Buraka Som Sistema e Marco Paulo num dueto.

É também de duplas improváveis que se faz a nova campanha da NOS que pretende demonstrar aos portugueses que as parcerias também ocorrem com a ajuda da Internet. Piruka e Conan Osiris partilham o “espaço” digital com os Clã e Ana Moura para criarem uma nova versão de “A Minha Casinha” — canção de Milú que mais tarde foi popularizada pelos Xutos e Pontapés.

O Rimas e Batidas esteve à conversa com José Vieira, Director Criativo da Havas, a agência responsável pela campanha, para perceber as escolhas destas caras e vozes nacionais em específico.

 



Começando pela escolha da música que liga todos os artistas: porquê “A Minha Casinha” na versão da Milú?

“A Minha Casinha” foi uma escolha óbvia para nós por vários motivos. Primeiro, pelo link directo que faz com o produto. Estamos a falar da nova net da NOS, a net lá de casa, uma net que chega às “casinhas” de milhões de portugueses e queríamos deixar isso claro. Depois, porque esta música é quase um segundo hino do país, toda a gente a conhece dos 8 aos 80 e, mais uma vez, tal como a net, é uma música que chega a todos os portugueses.

A escolha dos artistas representa a pluralidade de vozes no actual mapa musical português. Existiu alguma lógica para a escolha dos pares?

A nossa escolha teve como premissa termos artistas oriundos de vários pontos do país, que passassem esta ideia de cobertura territorial, do norte ao sul. Fechamos um número de 11 artistas, de localidades que vão de Barcelos, passando pelo Porto, Viseu, Coimbra, Leiria e Lisboa, até Beja. A ideia da campanha é que todos eles estivessem em contacto uns com os outros e que houvesse um processo colaborativo na construção da versão individual de cada artista – uma ligação só possível graças à nova net GiGA. A questão de termos algumas duplas, aconteceu pela química e o resultado final de algumas interacções e também por imperativos de media (tínhamos de ter filmes mais curtos). Além disso, dessa forma fica claro a ligação entre esses 2 artistas e as cidades que representam. Por último, a escolha também quis representar não só artistas mais conhecidos e nomes feitos no panorama musical português, mas também músicos mais emergentes. Esta mistura tornou a campanha mais rica, mais abrangente e, claramente, mais especial.

O Piruka e o Conan Osiris são dois nomes que carregam um peso diferente dos restantes. O primeiro é um dos artistas mais populares na esfera hip hop e é celebrado por uma nova geração de adolescentes/jovens adultos que se relacionam intensamente com o género; o segundo é um nome em ascensão que apanhou toda a gente desprevenida com esta mistura de portugalidade com uma série de “condimentos” electrónicos nada óbvios. Quando decidiram os nomes, como é que chegaram a estes dois em particular?

Tanto para a agência, como para o Marco Martins (o realizador) e o cliente, trazer para a campanha nomes que fossem mais disruptivos, mais dissonantes era essencial. Como falei anteriormente, queríamos uma campanha democrática, que chegasse a diferentes públicos. E tanto o Conan Osiris como o Piruka têm uma enorme legião de fãs e são fenómenos emergentes, mas cada vez mais chegam a um público mais mainstream. Quisemos, sem dar destaque a ninguém especial, passar uma grande diversidade de sonoridades que vão tocar a cada pessoa de uma forma particular.

Também entram os Throes + The Shine, a Surma e o Moullinex, outro grupo de artistas que também não é tão reconhecido na esfera pop. A selecção destes nomes também serve como uma espécie de montra para um outro tipo de público? Existiu essa intenção?

Sim, claramente. A escolha desses três seguiu a mesma lógica dos anteriores: atingir vários públicos, passar uma variedade geográfica e, mais importante, trazer frescura e diversidade às várias versões que iríamos ter na campanha. Estamos muito felizes com a escolha que fizemos e com o resultado final da campanha, que ainda vai a meio, mais novidades se aproximam.

Estas versões vão ter um lançamento oficial?

A campanha arrancou dia 6 de Julho com um anúncio de dois minutos em todos os canais generalistas (e na net). A ideia passa por termos mais edits com material novo e também as versões completas das 11 músicas (e respectivos vídeos) que estarão brevemente no site da NOS GiGA. Portanto, estejam atentos. Vai valer a pena.

 


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