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Publicado a: 03/02/2017

As singularidades da nova geração por OG Maco no Musicbox

Publicado a: 03/02/2017

[TEXTO] Alexandre Ribeiro [FOTOS] Sara Coelho

 

Quinta-feira à noite sem chuva também foi abençoada e a chegada ao Musicbox fez-se sem grandes sobressaltos. OG Maco actuava no Musicbox e regressava um ano depois do bem-sucedido concerto no mesmo local. Se em 2016 existia público do início ao fim da sala – podem confirmar neste vídeo – , a história desta vez foi diferente, mas não deixou de servir para “incendiar” a sala a meio gás e demonstrar como se dá um concerto para a geração umbilicalmente ligada à Internet.

 


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E a Internet é a desculpa perfeita para introduzir o primeiro a subir a palco: Oseias. O produtor chegou a palco com a “mala” cheia de trap para gáudio do público, que reagiu em conformidade e vibrou, saltou e cantou. A abertura foi um espelho do resto na noite: a atitude punk deixou de ter riffs e passou a ter graves gordos. Sem demoras, o DJ de OG Maco subiu a palco para (mais um) pré-aquecimento e ouviu-se “No Heart” e “X” de 21 Savage – mais loucura na audiência e as palavras dope e lit passaram a fazer mais sentido…

Apontamentos rápidos sobre o concerto de OG Maco: muito playback, faixas curtas, ad-libs e mosh pits a sucederem frequentemente. O gig assemelha-se a uma espécie de playlist ao vivo onde nunca nos cansamos de uma canção, até porque não existe tempo para isso. A dada altura, no meio de toda a confusão, o MC tocou uma música com um instrumental que soava a qualquer coisa produzida por Calvin Harris e o ambiente, pela primeira e única vez, ficou estranho, deixando o público com um ar de reprovação. Não o aconselharíamos certamente a seguir essa linha…

 


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Representar Atlanta: Travis Scott, Migos e 21 Savage foram utilizados no antes, durante e pós concerto de OG e funcionaram como a homenagem do MC à cidade – o aspecto menos positivo de trazer estes artistas para a baila é que acabaram por tirar o foco da sua própria música, colocando a fasquia talvez (demasiado) alta.

Para terminar, a ideia que acabou por ficar é confusa porque tudo o que se passou em palco com OG Maco é desconexo e infrutífero, acabando por ser um reflexo incrível da procura constante pela satisfação momentânea dos novos consumidores. O que se passou ontem foi lit, terão escrito uma dezena de pessoas nas redes sociais, apostamos. Mas memorável? Pouco provável.

 


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