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Publicado a: 04/01/2018

66 discos portugueses que esperamos para 2018

Publicado a: 04/01/2018

[TEXTO] Ricardo Farinha [FOTO] Fábio Rebelo Paiva (Here’s Johnny na foto de capa)

2018 promete ser um ano em grande. O Rimas e Batidas reuniu a informação sobre projectos que já tinham sido anunciados, bateu às portas de editoras e artistas para confirmar velhos dados ou descobrir novas informações e partilha com todos os leitores o que já sabemos sobre os 66 discos que podemos esperar para este ano que arrancou agora. Como é natural, vários deles poderão ser adiados — e outros tantos vão ser surpresas que não conseguimos prever. Ainda é cedo para fazer listas do ano? Hum, não nos parece…

 


[Mundo Segundo e Sam The Kid] ?

O trabalho conjunto destes dois mestres do hip hop português continua a ser um dos álbuns mais esperados dos últimos anos e 2017 trouxe-nos mais um single em “Brasa”. Depois de um ano em que os Orelha Negra precisaram de mais dedicação, pode ser que agora Sam The Kid tenha mais disponibilidade para ultimar este disco que teima em não sair. Mas o duo também não está preocupado com isso.

“Achamos que, hoje em dia, a melhor forma de apresentar as coisas é o factor surpresa”, explicou Samuel Mira ao Rimas e Batidas em Dezembro. “Gostamos da forma como temos estado a divulgar as músicas, ou seja, adaptar-nos aos dias de hoje — é uma forma inteligente de fazer com que um projecto dure mais, do que estar anos a fazer uma coisa, apresentá-la com as músicas totalmente novas e para a semana toda a gente se esquece. Assim, de forma espaçada, vamos apresentando músicas. Claro que já gostaríamos de ter o disco cá fora, mas [irá acontecer] em breve — não sabemos quando, nunca vamos dizer datas [risos]. Interessa é que fique bom, é o mais importante.” 2018 poderá muito bem ser o ano.

 


[Allen Halloween] Unplugueto

Outro disco já anunciado há algum tempo, embora não tanto, é o inigualável projecto acústico de um cantautor (e produtor) chamado Allen Halloween — A Bruxa, para todos os inimigos. Em Dezembro, o músico adiantou ao Rimas e Batidas que o disco saía “no princípio do [próximo] ano”. Já conhecemos várias faixas — algumas originais, outras covers, e ainda versões unplugged de temas clássicos do rapper.

 


[Regula] Ouro Sobre Azul

“Anuncio um projecto novo e tenho a agenda completa”, como se ouve em “Pay Day”, e pelos vistos foi suficiente para que o sucessor de Casca Grossa não tivesse de sair em 2017, como era esperado. Os novos singles de Don Gula também ajudaram: “Wake N Bake”, com Dillaz, “Genuíno”, “Tarzan” e “Nada a Ver”. Água na boca pelo regresso do último dos moicanos, que não escapa a 2018.

 


[Boss AC] ?

Desde 2012 que não lança um álbum, mas isso está prestes a mudar. O Mandachuva está de volta em 2018, com um novo trabalho que deverá sair nos primeiros meses do ano. “Já tenho as coisas bastante avançadas. Diria 70% do álbum pronto”, conta o rapper veterano ao Rimas e Batidas. Todos os temas foram compostos, produzidos, escritos e gravados por Boss AC. Para já, estão confirmadas participações de DJ Ride e dos não menos clássicos Black Company.

Não se trata de um acaso: este será uma espécie de regresso às raízes. “Há claramente uma forte influência do que fazia no início da minha carreira. Diria que será um som dos anos 90 adaptado e actualizado para 2018. Ao contrário do álbum anterior, que tinha uma forte componente ‘ao vivo’, muito por influência da banda ter participado em muitos dos temas, desta vez estou de volta aos samples e às produções mais cruas.” Mal podemos esperar. Num vídeo em directo na sua página de Facebook, Boss AC disse que “não é um Mandachuva 2, mas é quase” e que as ideias para o título do disco estão à volta disso. Nessa transmissão, mostrou aos fãs uma faixa com um sample de funaná dos Ferro Gaita e um pouco de “Que é que Foi”, o tema mais trap do trabalho (que também existe, apesar do regresso aos clássicos).

 


[Holly Hood] Sangue Ruim

Já tem capa oficial (ilustrada pelo próprio Holly Hood) e um par de singles que bateram com estrondo nas ruas: “Ignorante” e “Cala a Boca”. O segundo capítulo da trilogia O Dread Que Matou Golias chega em 2018 e promete ser um dos trabalhos mais ouvidos e com mais impacto do ano.

 


[Here’s Johnny] ?

Finalmente, Here’s Johnny. O produtor da Superbad — que tem sido responsável por alguns dos melhores beats dos últimos anos, e por aperfeiçoar dezenas de outros com o seu toque de Midas na mistura e masterização — vai lançar um álbum em 2018, podemos adiantar. Do disco já conhecemos “Última Deixa” (com Gson) e “Cúmplices”.

 


[Paus] Madeira

A banda da bateria siamesa de Joaquim Albergaria e Hélio Morais, que tem ainda Fábio Jevelim e Makoto Yagyu, está prestes a lançar o sucessor de Mitra (2016), que sai pela Sony no primeiro trimestre deste ano. O álbum vai chamar-se Madeira e é inspirado na ilha portuguesa. “Foi gravado com a ilha da Madeira em mente. Haverá novidades já no princípio do ano e vai ser um disco diferente dos anteriores”, conta Quim Albergaria ao ReB. “Não tem convidados. Insulares como a ilha.”

 


[RIOT] ?

O baterista, produtor e DJ dos Buraka Som Sistema vai estrear-se com um álbum a solo, que nos últimos dias de 2017 estava “99,99% pronto”, disse o próprio no podcast Até Tenho Amigos que São, de Rodrigo Nogueira. “Não está a ser um álbum fácil”, comentou, acerca do número de pessoas que quis trazer para o disco. “Armei-me em Calvin Harris e quis fazer um álbum com muitas participações, tudo pessoas conhecidas.” Os singles “Aonadê”, com o irmão Pité, dos MGDRV, e “Ninguém te Tem na Mão”, com Ella Nor, integram o trabalho que será editado durante este ano.

 


[Capicua] ?

Depois de Sereia Louca (2014) catapultar Capicua para palcos maiores e um público mais alargado e abrangente, a rapper portuense lançou o disco de remisturas Medusa e este ano pudemo-la ouvir lado a lado com Valete, Emicida e Rael no projecto luso-brasileiro Língua Franca — nos entretantos, contava histórias e tocava música para crianças no projecto Mão Verde, com Pedro Geraldes. Para 2018, Capicua está a preparar um novo álbum que deverá sair no Outono. Palavra de rapper.

 


[Nerve] ?

Após a reedição de ‘Trabalho & Conhaque’ ou ‘A Vida Não Presta & Ninguém Merece a Tua Confiança’ — que vem com o bónus Água do Bongo —, Nerve prepara-se para lançar um novo EP, depois de ter revelado alguns temas novos em 2017. Ainda não é certo se também vai sair pela Mano a Mano. Ao Rimas e Batidas, Nerve adiantou que vai sair no início do ano e ter meia dúzia de faixas, “a maioria delas com saxofone tocado pelo Notwan. Os instrumentais foram todos produzidos por mim, sendo este o primeiro projecto em que o faço.” O EP do Senhor Mistério não vai ter quaisquer convidados.

 


[Conjunto Corona] ?

O mais infame conjunto do hip hop nacional: o único, o original, o inigualável Conjunto Corona lança o seu quarto álbum de originais em cinco anos. Ainda não há título, mas o que importa mais, como sempre, é a história que acompanha esta personagem e que se reflecte em tudo aquilo que o disco envolve. Desta vez, Corona, o protagonista desta epopeia psicadélica, “decide recomeçar, no mundo da religião, e forma o seu próprio culto. O homem vai dedicar-se à religião, criando a sua própria religião”, avançou dB na rubrica No Carro, de João Pinheiro. PZ e Fred (dos 800 Gondomar) são os convidados já confirmados. Não deve faltar muito, porque o produtor do conjunto disse que o disco estava pronto.

 


[Mike El Nite] Inter-Missão

Quando passou pelo podcast Três Pancadas, da TV Chelas, em Novembro, Mike El Nite adiantou que estava a começar a preparar um novo trabalho mas que ainda procurava uma direcção e um caminho mais fechado para prosseguir. Com o fechar do ano, o rapper, DJ e produtor confirma que vai ter um EP intitulado Inter-Missão em 2018. O sucessor de O Justiceiro (2016) deverá sair na primeira metade do ano.

 


[Stereossauro] ?

Foi um ano em grande para Stereossauro — lançou o álbum de Beatbombers com DJ Ride e voltou a percorrer o País em actuações, ou a ser convidado para outro tipo de projectos, como o FOLIO, ou para produzir a banda sonora oficial da passagem de ano no Terreiro do Paço, em Lisboa. Em 2018 chega o sucessor de Bombas em Bombos (2014).

“Estou a trabalhar num LP 100% inspirado no fado e com samples de fado. É algo muito pessoal e estou completamente submerso nessa sonoridade. Já tinha começado antes do LP de Beatbombers. São coisas que tenho vindo a experimentar já há alguns anos e agora chegou a altura de pôr isso em prática mais a sério. Não estou a fazer isto sozinho, tenho vários convidados”, contou ao Rimas e Batidas em Novembro.

 


[Deau] ?

Aquele que se tornou o rapper mais popular da nova geração do Grande Porto também vai lançar um álbum em 2018. “Avisa”, com um instrumental de DJ Player, é o primeiro single do projecto que sucede a Livro Aberto (2015). O segundo tema do disco está previsto para o final de Janeiro.

 


[Dino D’Santiago] ?

Dino D’Santiago prepara aquele que deveria ser um dos discos mais antecipados do ano: música africana e portuguesa misturada com sonoridades contemporâneas electrónicas num trabalho que o leva de novo às raízes do hip hop. O cantor contou tudo ao Rimas e Batidas, incluindo que Madonna lhe está a dar feedback sobre as faixas do álbum que sai em Março ou Abril, através da Sony. O primeiro single é lançado já em Janeiro. Vai haver vários convidados surpresa, mas Dino revelou que tem trabalhado com Kalaf, Paul Seiji, Branko e PEDRO (fka Kking Kong).

 


[Throes + The Shine] ?

O grupo que inventou a instituição sociocultural que é o rockuduro tem lançado álbuns nos anos pares e 2018 não vai ser excepção.  “Haverá alguma continuidade de objectivos em relação ao Wanga — vamos continuar a procurar sonoridades que sejam frescas e desafiantes para nós e vamos procurar colaborar com artistas que nos têm vindo a surpreender e com os quais queremos aprender. Mais de metade do disco contará com convidados com origens um pouco por todo o mundo”, contaram ao Rimas e Batidas em Dezembro. O disco deverá sair em Setembro ou Outubro (mas já se vão poder ouvir coisas novas nos concertos até lá).

 


[Sir Scratch] ?

Apesar de ainda não estar num nível avançado, Sir Scratch também está a cozinhar o seu regresso. Nos estúdios Big Bit, em Lisboa, o rapper tem uma equipa de luxo a assisti-lo: Sam The Kid, Lhast, Fred Ferreira, Madkutz, Cálculo e Relax poderão assinar instrumentais no projecto que poderá ser um EP ou um álbum. Está na agenda para 2018.

 


[Nel’Assassin] ?

2018 também se apresenta como um ano forte de trabalhos de produtores e DJs conceituados que vão reunir dezenas de convidados rappers e cantores. Nel’Assassin será um desses mestres que vai tecer linhas de baixo e scratch — não fosse ele o Sr. Alfaiate — para que liricistas façam a sua arte por cima. Isso deverá acontecer num novo EP que está a preparar para este ano.

 


[DJ Kronic] Projecto Inoxidável 3

O muito esperado Projecto Inoxidável 3 — o primeiro volume já saiu há 16 anos e o segundo em 2004 — também chega em 2018, confirma ao Rimas e Batidas DJ Kronic, que em 2016 lançou o álbum de reggae Rockaz. Para já ainda não estão confirmados os vários convidados que terão o luxo de deixar a sua marca nesta antologia clássica, mas escolha não falta: há várias gerações de talentos que ainda não tiveram oportunidade para o fazer.

 


[Sam The Kid] ?

Samuel Mira já revelou que as faixas que tem lançado na TV Chelas produzidas por si, com vários convidados, integram uma compilação que vai ter edição física. Karlon foi o último a deixar a sua marca em “En Fazi di Tudo”, mas esta viagem já teve contributos de Sir Scratch, Bob da Rage Sense (com Francis Dale), Bispo, Zuka, Nameless, Maze e Daddy-o-Pop ou Muleca XIII. A própria faixa com Boss AC, “Caravanas”, que inaugurou a plataforma, pode fazer parte — e 2018 pode ser o ano em que a vamos ter na mão. Sam The Kid também está a trabalhar com Beware Jack no projecto conjunto Classe Crua, que poderá ter um disco editado em 2018. Já o muito esperado Beats Vol. 2 não deverá ver a luz do dia este ano, pelo que o rapper e produtor disse em Na Casa, programa de Sensi na rádio MEO Music.

 


[DJ Glue] ?

Já era tempo. Depois do fim dos Da Weasel, a aventura ao leme da Montana Lisboa ou as noites C.R.E.A.M., entre outros projectos, DJ Glue estreia-se a solo com um EP de seis faixas que vamos poder ouvir nos próximos meses. Ao Rimas e Batidas, adianta que vai ter como convidados Sir Scratch, Dino D’Santiago, Beatriz Pessoa (e outra convidada feminina), Carlão e Karlon, que vão partilhar a mesma faixa, apesar de o MC que rima em crioulo também entrar no tema com Dino. “[A faixa que junta Karlon e Carlão] não tem uma estrutura de canção normal, para mim é das melhores do EP”, conta. “E o Karlon é o gajo mais pro que eu conheço a bulir. Houve uma das cenas que lhe mandei o som de manhã e à tarde estava feito.”

Sobre o trabalho diz que “não é de esperar hip hop convencional”. “Isso já está no meu DNA há algum tempo”. Um dos temas será instrumental e o projecto — apesar de Glue não o considerar um álbum em vídeo — terá um videoclipe que juntará todas as músicas e que está a ser trabalhado com a produtora Solid Dogma, associada a Vhils. “Vai ser um vídeo com as músicas todas que acaba por contar uma história.” O disco terá edição física apenas em vinil de sete polegadas. “Vai ser o meu primeiro lançamento e além de querer que o pessoal curta, quero que seja uma peça fixe para o pessoal coleccionar e está tudo a ser pensado ao pormenor.”

 



[Madkutz] A Lista de Schindler

Também Madkutz promete ter um ano sem sair do estúdio. Este rato de laboratório workaholic vai lançar a mixtape A Lista de Schindler, misturada por DJ Kwan, com rappers da nova escola a conviverem nesta fábrica alemã com a velha guarda. No final, são todos salvos pelos instrumentais de Madkutz. Mas não se fica por aqui: a cada mês vai sair uma nova beatape — cada uma com dez beats — com uma sonoridade e conceito diferentes, mesmo que aleatórios. A primeira tem lançamento marcado para 25 de Janeiro e chama-se Pantera Negra: é o aniversário de Eusébio da Silva Ferreira e do produtor benfiquista. Tal como Eusébio, Madkutz é um dos melhores do país, mesmo que jogue noutro campeonato e tenha outras metas e pistas à frente.

 


[Madkutz] ?

Não, não é um erro de repetição. Madkutz tem ainda mais trabalho para 2018. Para assinalar os dez anos de carreira, vai lançar uma compilação de faixas inéditas com beats e temas com a participação de convidados, além daqueles que vão integrar A Lista de Schindler. Junto com esse pack vai ser editado — de forma limitada — um CD com os maiores êxitos dos últimos anos que tenham tido o dedo de Madkutz. Esta compilação está prevista para o final do ano — e 2018 também marca o regresso dos conteúdos da Madkutz TV.

 


[David Bruno] O Último Tango em Mafamude

Sai a 12 de Janeiro, pela editora 1980, e é o novo disco de instrumentais de dB, que desta vez assina como David Bruno para o seu mais recente trabalho como o mais dedicado arqueólogo musical de Vila Nova de Gaia. O Último Tango em Mafamude é, segundo o próprio, um trabalho em que “baladas românticas, o sampling de áudio e o sampling de vídeo se conjugam numa harmoniosa ode saudosista aos amores desencontrados”.“Vamos fazer um álbum e vamos só samplar coisas foleiras. Vamos tentar fazer um meio-termo entre Madlib e Toy”, contou dB em No Carro, rubrica conduzida por João Pinheiro no seu canal de YouTube. Marco Duarte, o responsável pelos “solos de guitarra à Bon Jovi”, e Pedro Ricardo, músico que assina como Hai, ficaram encarregues dos arranjos de cordas e teclas do disco. Já se consegue ouvir “Monte da Virgem Platónico” e “Pausa #3 (O Pedrinho)”.

 


[Real Punch e dB] GLDNSHWR

dB também está envolvido noutro projecto extremamente prometedor que está em fase de masterização e que deverá sair nos primeiros meses do ano pela Kimahera. É ele que vai dar os beats para as punchlines de RealPunch, que vai jogar em casa em GLDNSHWR. Uma das faixas desse projecto — que vai estar a meio caminho entre um álbum e um EP, segundo RealPunch conta ao Rimas e Batidas — está escondida desde 2016 neste vídeo das #KimaheraSections. É o tema homónimo do disco.

Tudo começou ainda antes, ou em simultâneo, quando RealPunch participava no primeiro álbum dos Corona, Lo-Fi Hipster Sheat, com o seu alter-ego Chester. “Este projecto foi gravado antes do segundo disco dos Corona e tem estado a marinar.” E isso não é problema. “Sinto aquilo como actual. Tentei usar muitos trocadilhos que fossem intemporais”, explica o rapper dos Tribruto, que já não ouvimos desde Chavascal (2014). Todas as faixas foram gravadas praticamente num só take e a produção está muito crua, quase apenas com sampling. E não são precisos quaisquer convidados para fazerem a ponte entre o Algarve e Vila Nova de Gaia.

 


[Bob da Rage Sense] ?

Bob da Rage Sense tem estado meio ausente dos radares nos últimos dois anos. Depois de Ordem Depois do Caos (2015), ouvimo-lo em “Montanhas”, cortesia da TV Chelas, e na faixa “Rei Morto Rei Foste”, em modo trap. O rapper tem estado a preparar o seu novo disco no estúdio que transformou num templo jedi, já que terá várias referências ao universo de Star Wars, adianta Bob ao Rimas e Batidas. “É uma pequena odisseia, tanto pelo mundo real como o mundo da ficção”, explica. Perceberemos melhor quando o novo single, vindo de uma galáxia muito, muito distante, chegar ainda no início deste ano, com videoclipe e tudo. O disco vai ser produzido na íntegra por SP Deville, que também ajuda nos refrões e sobe ao beat para rimar em algumas faixas.

 


[Landim e Holly] HollyLandz

A viagem sagrada das rimas em crioulo de Landim pelos beats electrónicos de Holly começou em Maio e chega em breve aos ouvidos de todos. Vão ser sete faixas com participações de nomes como Allen Halloween, Bispo, Al-X ou BTG, entre outros. Encontrámos a dupla na Big Bit, em Lisboa, numa das primeiras sessões de estúdio. “Eu sempre tive curiosidade em fazer coisas com o Landim e mais ou menos há quatro ou cinco meses mandei-lhe uns beats e ele escolheu uns cinco ou seis. Então eu disse-lhe: em vez de estares a guardar isto tudo só para ti, bora fazer um projecto os dois.” HollyLandz deve ver a luz do dia ainda em Janeiro ou em Fevereiro.

 


https://youtu.be/2JgAbEx56DY

[Karlon e Razat] Tartígrado

Por falar em rappers de crioulo com produtores com influências electrónicas, Tartígrado também chega em 2018. Depois de Paranóia, Nha Momentu, Meskalina e Passaporti, a nova viagem de Karlon é pelos maleáveis instrumentais de Razat. Já ouvimos a dupla em “Fotocópia”, que integra o disco que será uma edição da Crate Records, editora independente dirigida pelo produtor das Caldas da Rainha, em colaboração com a Kreduson Produsom de Karlon. O único convidado vai ser da casa: o hype man de Karlon, Neuro MC.

A Crate Records adianta ainda ao Rimas e Batidas para esperarmos por novas faixas de Ângela Polícia e Scorp, além de “um talento desconhecido da grande maioria que acreditamos que vai abanar com o movimento.” Venha ele.

 


[Mishlawi] ?

2017 foi mais um ano de tremendo sucesso para o norte-americano que vive em Cascais. Basta pensarmos que Mishlawi actuou no palco principal do MEO Sudoeste sem ter qualquer trabalho lançado. Neste ano, o MC voltou a mostrar todo o seu potencial em novas faixas: “Afterthought”, “Ignore”, “What’s Happening” e “Turn Back” têm batido nos clubs e palcos por que o artista da Bridgetown tem passado com os Zanibar Aliens, a banda de apoio. 2018 será o ano em que a sua mixtape verá finalmente a luz do dia, provavelmente ainda antes do verão. A prova final de um talento que tem tudo para vingar lá fora.

 


[Valas] ?

2018 será também o ano do esperado trabalho de Valas editado pela Universal. A caminhada arrancou em Outubro de 2016 com “As Coisas” e teve novos capítulos em “Alma Velha” e “Imagina”. Três singles bastaram para conquistar um público novo que vai agora ser brindado com o disco que, segundo a Agência Lusa, citada pela Blitz, chega no primeiro trimestre do ano.

 


[Papillon] ?

Também é a agência de notícias portuguesa que avança que Papillon, um quinto dos GROGNation, se vai soltar do casulo do colectivo e lançar o esperado álbum a solo, produzido na íntegra por Slow J. No último Festival Iminente, os dois interpretaram uma dessas faixas ao vivo depois de terem tocado com Gson “Pagar as Contas”, que faz parte de The Art of Slowing Down.

 


[Bispo] ?

Outra revelação da Agência Lusa é que Bispo vai voltar aos discos — pela primeira vez desde que assinou contrato com a major Sony — este ano, depois de em 2017 ter lançado com Fumaxa, companheiro, produtor e DJ, o EP Fora D’Horas.

 


[No Money] ?

2018 promete ser um ano fortíssimo para a Superbad, depois de um 2017 de consolidação do impacto que tinha sido conquistado no ano anterior com o trabalho de estreia de Holly Hood e dos singles dos outros membros. Além do novo trabalho d’O Dread Que Matou Golias e do disco de Here’s Johnny, No Money vai lançar um EP este ano. As faixas “Veneno” e “Se Eu Não For Rico” já andam por aí a desbravar caminho.

 


[Plutónio] ?

O homem que encantou este ano com “Não Vales Nada” — single produzido por (adivinhem lá…) Lhast — lança o sucessor de Preto & Vermelho (2016) antes do verão de 2018. Também a Bridgetown promete um ano em grande.

 


[Dengaz] ?

Por falar nisso mesmo, Dengaz será outro com novo trabalho em 2018. O artista vai lançar uma mixtape que está prevista para os últimos meses do ano e vai suceder à versão unplugged de Para Sempre (2016).

 


[Fumaxa] ?

Tem sido um dos produtores e DJs mais activos dos últimos anos: Bispo e Chyna foram alguns dos principais colaboradores e beneficiários dos beats de Fumaxa. O beatmaker vai estrear-se com um trabalho em nome próprio em 2018. “Estou a fazer um álbum de originais, tudo produzido por mim, e que vai contar com a participação de vários artistas nacionais de hip hop, rap e R&B. Este trabalho vai juntar músicos que já são reconhecidos e outros que estão agora a dar os primeiros passos”, revelou numa entrevista ao jornal Record. Bispo e Valas são, para já, os nomes confirmados neste trabalho que tem o selo Headbangerz Music.

 


[Minus & MRDolly] Man With A Plan

O novo longa-duração de Minus & MRDolly é o primeiro lançamento da Kids Alone, a nova editora criada por Minus e DJ Spot. “Fishing Boots/Camping”, o single de apresentação do projecto, foi uma primeira mão do Rimas e Batidas, que, nas palavras do artista, é um exemplo feliz da sua capacidade de expor as influências de géneros como o funk, o disco ou o jazz. O álbum sai a 25 de Janeiro e há uma entrevista para ler com o músico até lá.

 


[M.A.C.] Sem Título

Depois do segundo disco a solo de TNT, o rapper e produtor que lidera a Mano a Mano regressa aos M.A.C. com o parceiro de rimas Kulpado para “Picar o Ponto”. Desta vez, a Missão a Cumprir é sem título — o álbum chega na segunda metade de 2018 e é o sucessor de Muito a Contar, de 2012.

 


[Spliff] ?

O produtor e DJ da M75, mais conhecido pelo trabalho feito com Dillaz, surpreendeu todos quando se desprendeu das amarras da insegurança e se atirou para as rimas — que foram a sua porta de entrada no hip hop — depois de dominar o ofício da produção. São já dois os singles que lançou no YouTube — faixas soltas que servem para antecipar (com hype) um trabalho previsto para este ano, em que Spliff tanto vai produzir como rimar, adianta o próprio ao ReB.

 


[Praso] Livre e Espontânea Vontade (L.E.V.)

Vai ser o terceiro álbum de originais de Praso, o mais trabalhador dos membros do colectivo Alcool Club. Como sempre, será tudo produzido pelo próprio no Artesanacto. Já podemos ouvir o primeiro single, “Raiva de Ontem”. O músico adiantou ao Rimas e Batidas que vai ter participações dos suspeitos do costume — Montana, Harte, Sangue Bom, Subtil, Jugador e Zé Capinha, entre outros.

 


[Vado] ?

Um dos mais rappers mais quentes do rap crioulo, Vado, prepara-se para lançar um disco de originais em 2018. Os já muito badalados “Na Correria” e “Rijo”, além do mais recente “O Comboio”, não farão parte do trabalho, e o rapper da Damaia diz que “o álbum será algo mais maduro”.

 


[Yuzi] ?

Não é como se o rapper da Think Music precisasse de um trabalho discográfico para continuar o percurso de sucesso que tem tido. Prova disso são as centenas que saltam ao som dos seus hits em festas como as It’s a Trap — mesmo que a letra não importe assim tanto. O EP de Yuzi deverá chegar logo no início do ano e já se conhecem as faixas “#ShutUp” e “Tsubasa”. Da editora liderada por ProfJam, não será de todo a única novidade para 2018. A Think Music promete mais um ano em grande com trabalhos de vários dos seus membros, incluindo os produtores da equipa.

 


[Pro’Seeds] ?

O super trio portuense formado por Serial, DJ Score e Bernas regressa em 2018 para editar um trabalho do qual já conhecemos “O Boss”. Ainda não há datas previstas e é desconhecido o número de faixas do sucessor de Soft Power Sagrado (2016).

 


[Cálculo] Tour Quesa

O homem de Barcelos regressou em 2016 de Londres como um músico completo: em A Zul ouvimos rimas impecáveis, instrumentais a condizer, e refrões (bem) cantados, tudo assinado por Cálculo, que encontrou também uma nova família na algarvia Kimahera. O novo disco, Tour Quesa, está quase aí: deve chegar no final de Janeiro ou início de Fevereiro.

“Este é um disco em que viajo mais no meu espectro sonoro e que arrisco mais a nivel de versatilidade. Comecei o disco em Londres e acabei-o em Portuga: tem influencia directa no disco, em temáticas e esteticamente”, conta ao Rimas e Batidas. Ao todo, vão ser 13 faixas com a participação de nomes como Ace, Harold, Fábia Maia, Macaia, DJ Flip, Cuss e Brdz. Espera-se por “cadências mais lentas”, mas também “flows mais rápidos”, num trabalho que também teve a ajuda de músicos que vão desde o funk ao heavy metal. Já há apresentações marcadas: a 16 de Fevereiro no Hard Club, no Porto, e no dia 23 do mesmo mês no Musicbox, em Lisboa.

 


[Rocky Marsiano & Meu Kamba Sound] ?

Depois do EP Meu Kota, de 2017, Rocky Marsiano & Meu Kamba Sound regressa aos álbuns já este ano, embora ainda não haja mais informações. Marko Roca, que como rapper e produtor de hip hop assina como D-Mars, diz ao Rimas e Batidas que também podemos esperar novos singles de Micro para 2018, depois de “Pontos nos Is” — mas não ainda o tão esperado álbum.

 


[Secta e Metamorfiko] Secta ! Metamorfiko – [caixa]

Foi em 2015 que Secta abalou o underground com a sua Marcha, percorrida a meias com VULTO., produtor de batidas sinistras, industriais e alternativas que casaram na perfeição com os quíntuplos sentidos e o brilhante malabarismo de palavras deste rapper da Marinha Grande. Três anos depois — como o tempo passa rápido — chega um álbum produzido na íntegra pelo algarvio Metamorfiko, igualmente capaz de inventar pérolas negras e sombrias para regozijo deste MC. Ao disco de 13 faixas, que deverá ser uma edição de autor, só falta a masterização. Tilt, L-Ali e Nerve compõem a lista de convidados de Secta ! Metamorfiko – [caixa].

 


[Colónia Calúnia] BESTA

Depois de Karrossel, Karma e de várias actuações marcantes neste ano que passou, Tilt continua a mostrar-se como um dos maiores talentos do submundo do hip hop português. Além do trabalho nos ORTEUM, o rapper vai colaborar com VULTO. na família Colónia Calúnia ao soltar BESTA. O álbum está previsto para Abril e deverá ter cerca de dez faixas, sem quaisquer convidados.

 


[Colónia Calúnia] Lista de Reprodução

L-Ali e VULTO. reencontram-se quatro anos depois de Surrealismo XPTO — e de outros trabalhos pelo meio — com rimas e beats que nasceram literalmente uns para os outros. Este EP deverá ter cerca de sete faixas e pode sair já no final de Janeiro, oriundo da caverna industrial e alternativa a que ambos chamam lar. Além disso, L-Ali poderá também ter um trabalho este ano na Think Music Records, onde já lançou as faixas “UAIA” e “BABA”.

 


[Jackpot BCV] Underdog

O rapper da Linha de Cascais regressa aos discos com Underdog, que é lançado já neste mês de Janeiro. Vai haver uma apresentação oficial no Hard Club, no Porto, no Musicbox, em Lisboa, e ainda em Coimbra. Já se pode ouvir o single “Njali Yange”, em que Jackpot BCV expressa gratidão à sua mãe, e vêm mais singles a caminho. Jackpot produz grande parte dos beats do projecto, mas conta com a ajuda dos companheiros Ferro aka Hanibal Lecture, Kamerman e Pikê. Também Lhast também assina um dos instrumentais do álbum. Os restantes convidados são DJ Maskarilha, Chainho GSF e Five MC.

“Também tenho uma super faixa onde consegui reunir artistas como HipnoD, Rott, Kaines, Fari e NoLedge”, conta ao Rimas e Batidas. “Maioritariamente o projecto terá mais faixas minhas a solo visto que pretendo dar um outro destaque ao meu eu artístico. Posso adiantar que algumas das músicas encontram-se em exclusivo no meu canal do YouTube.”

 


[TOM] MAD

O newcomer que a Mano a Mano apresentou ao mundo em 2016 com Guarda-Factos passou dois anos de estágio a aperfeiçoar a técnica e a aprender a fazer beats. MAD será o próximo trabalho de TOM, que chega na primeira metade do ano. A julgar pelo título, o single “Coisas D’um Louco” poderá muito bem integrar o alinhamento.

 


[Oseias.] ?

O produtor da Think Music e colaborador do Rimas e Batidas — onde se pode ouvir todos os meses a mix exclusiva A Quinta do Oseias. — regressa aos lançamentos com a beatape que é a segunda parte de gerbera.jpg. Ao todo, vão ser dez novas faixas para ouvir a partir de 24 de Janeiro.

 


[Fábia Maia] Melodia-me

A maioria das faixas deste EP já se pode ouvir no YouTube — falta uma com Gson e um tema acústico do EP de estreia de Fábia Maia, inteiramente produzido por SuaveYouKnow, e que vem dar um novo impulso ao R&B ligado ao hip hop made in Portugal. Melodia-me é lançado oficialmente no início do ano e poderá ser o primeiro de vários passos importantes na história de Fábia Maia para 2018.

 


[Andrezo] ?

O DJ oficial das festas Swag On e de Piruka só tem um single em nome próprio, que se revelou um enorme sucesso: Gson pegou no beat e criou “Sons de Amor”, sucesso cibernético com quase dois milhões de visualizações no YouTube. Por altura desse lançamento, Andrezo revelou ao Rimas e Batidas que estava a trabalhar num EP “com colaborações de alguns rappers da praça e também com os meus companheiros de estrada”. 2018 poderá ser o ano para Andrezo se afirmar como produtor (depois de outros temas que também já assinou para Piruka).

 


[Rafxlp] ?

Depois de nos mostrar (bom) trabalho em pink everything pt. 1, este jovem produtor também vai lançar um álbum de estreia em 2018, do qual já se conhece o single “Viver Assim”, com Maze e João Tamura. Uma nova faixa está prevista para o primeiro trimestre do ano, e o disco deverá sair na segunda metade do ano. Alguns convidados já estão confirmados: Oseias., Weis, Frankie Baptista, Lé Real, Sense, drwsy, sien e j.~.n~..

 


[Tayob J.] ?

“Cash” foi o primeiro avanço do EP de Tayob J., que é editado este mês e tem um grupo de convidados de luxo como Chullage e Beware Jack, entre tantos outros.

 


[Chyna e Duque] Done Already

Intitula-se Done Already mas ainda não está concluído — pelo menos não para toda a gente ouvir. Todos os seis temas deste EP com rimas de Chyna e beats de Duque vão ser singles com videoclipes que serão espalhados ao longo do ano. No final sai o projecto completo, com capa, contracapa e todos os restantes pormenores. O único convidado será FdAn, da mesma crew 1542, faixa em que Duque também pega no microfone. Depois de dar que falar em Made in Chyna, com Fumaxa, Chyna tem mais um trabalho para provar que 2018 também é seu — e está muito bem acompanhado.

 


[Rato54] ?

Há vários anos que é esperado o álbum do portuense Rato54. 2018 é o ano. Segundo o próprio, está mais perto do que nunca: o disco deverá sair em Março ou Abril. Ace, Caligari, DJ Guze e DJ Score participam na edição independente que será quase toda produzida pelo próprio Rato54. Existem apenas três beats que não são da sua autoria: e um deles é de um produtor estrangeiro reconhecido… “Neste trabalho andei por novos mundos. O Rato54 não é só loucura. Os ouvintes vão conhecer novos Ratos54”, diz ao Rimas e Batidas, de forma enigmática. “Eles Dizem”, a faixa que estreámos em 2016, integra o trabalho.

 


[Macaia] ?

É uma das novas vozes da soul portuguesa e tem sido o companheiro de estrada de Mundo Segundo nos últimos anos. Emanuel Macaia confirma ao Rimas e Batidas que este ano sai o seu primeiro álbum a solo. O disco está a ser gravado no 2.º Piso, com o rapper e produtor dos Dealema, e também nos Blackbrown Recording Studios, com Yann Georges. Ambos são produtores executivos do trabalho de estreia do homem que podemos ouvir cantar, por exemplo, em “Margens do Douro”, de Mundo Segundo, ou “No Ano da Fome”, de Azagaia. “[São] ambientes super diferentes mas que estão definitivamente a enriquecer o meu disco!”, explica à nossa revista digital.

 


[Silab n Jay Fella] ?

Já há alguns anos que esta dupla de rappers da Margem Sul tem pavimentado o caminho para se tornar grande. Foram acolhidos na família da Mano a Mano para lançarem o primeiro álbum de originais, onde o slang da MS se vai misturar com os estrangeirismos, e as barras pesadas vão ter versos (e refrões) cantados à altura, tudo cheio de groove. Não esqueçam este disco que só deverá chegar no final do ano.

 


[MLK] O Bom Estudante

Outro dos artistas que compõem o roster da Mano a Mano prepara-se para preencher outro capítulo de história na sua discografia. MLK — o Mau Aluno — vai lançar um novo álbum ainda na primeira metade do ano. Tal como em todos os projectos da editora sediada na Margem Sul para este ano, há vários produtores que andam a rondar estes discos: DJ Player, Relax, Dekor, Stereossauro, Razat, Taser e BMX, entre outros, estão envolvidos.

 


[Estraca] Renascer

Estraca tem conquistado o seu (difícil) espaço com uma sonoridade de recorte clássico e rimas “conscientes” num momento em que a tendência são instrumentais mais electrónicos e letras sobre outros temas. Renascer é o próximo álbum do jovem rapper: deverá ser lançado em Março como edição de autor e vai contar com beats de Madkutz (oiça-se já “Palavras”), CharlieBeats e RetroBeatz. HipnoD entra em “Geração”, outro tema que já se pode escutar, e há dois outros convidados surpresa. Vai ser dose dupla: para este ano Estraca também está a preparar um álbum apenas com Madkutz.

 


[Mynda Guevara] Mudjer na Rap

Não há muitas mulheres a rimar em Portugal, mas Mynda Guevara é uma das que o faz e que usa o crioulo como forma de expressão. Mudjer na Rap vai ser o EP de estreia desta MC, que chega em Abril. Antes disso, vamos poder ouvir dois novos singles do projecto.

 


[Kaines] Í.R.I.S.

O segundo álbum de originais do rapper portuense Kaines está previsto para meados de 2018. “Neste disco vai predominar uma sonoridade introspectiva, mas ao mesmo tempo alegre dentro do boom bap, como é o caso deste single. Claro que há uma faixa ou outra mais banger, mas, no geral, a ideia é apostar em instrumentais mais envolventes que nos transportam para outro lugar quando os ouvimos”, contou ao Rimas e Batidas, quando estreámos o single “Contigo sem Ti” em Outubro.

 


[Chippie] Teimoso

Depois de algumas faixas onde mostrou talento — incluindo numa cypher promovida por Xeg —, este rapper da Linha de Cascais juntou-se a 9Miller na estrada e tem sido o seu companheiro de palco. Chippie vai lançar o seu primeiro trabalho este ano, o EP Teimoso. Ao todo serão cinco faixas, todas com o título do disco, que irão sair aos poucos — já se pode ouvir a primeira. São todas produzidas por M4SK e o primeiro avanço foi misturado por Xeg.

 


[Maria] Cor e Forma

Maria tem um percurso interessante e ligado ao Rimas e Batidas, já que David Almeida se iniciou com este nome artístico — além do projecto de música electrónica que já tinha — no Beat Challenge que lançámos na nossa revista digital. Entretanto tornou-se parte da família roxa da Monster Jinx e vai-se estrear nessa casa com o EP Cor e Forma, com oito faixas e um par de participações, previsto para os próximos meses.

Falta apenas finalizar a masterização deste projecto que chega brevemente aos nossos ouvidos. Quando é que Maria o começou a fazer? “Dia 31 de dezembro de 2016, no dia da passagem de ano faço sempre um esboço, por norma estou muito nostálgico nesse dia, na altura fiz um bom loop e pensei que isto podia ser um bom mote para um próximo trabalho”, explica ao Rimas e Batidas, antes de dizer aos ouvintes o que é que devem esperar. “O melhor é ir para o EP sem expectativas, isto é um trabalho introspectivo porque eu faço música mesmo por isso, gosto de fazer músicas para me ocupar o tempo em casa. Eu acho que consegui atingir boas metas em termos de sonoridade, espero que as pessoas o oiçam de forma livre e com poucos preconceitos.”

 


[E.A.R.L.] ?

Outro new blood da Monster Jinx é E.A.R.L.. Este produtor portuense também se estreia na label em 2018, com um EP de sete faixas. “O projecto gira em torno de tudo o que tenho ouvido nos últimos cinco anos”, explica ao Rimas e Batidas. “Desde techno, punk, reggae, trip hop, ambient moog music, house, library music… Já comecei a trabalhar neste EP desde o fim de 2016 após ter criado a segunda faixa do mesmo. Quis dar seguimento a um primeiro EP que lancei pouco tempo após ter começado a produzir, mas com uns ligeiros brilhos e não tão dark.” Aponta como influências recentes senhores como Gaslamp Killer, Floating Points ou Thundercat. “Abordei um tema mais cósmico, é algo que me fascina desde miúdo e sempre quis ter algo de música ‘space-themed‘.”

 

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