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Publicado a: 02/07/2017

2º dia do Sumol Summer Fest: Novos talentos e fogo de artifício

Publicado a: 02/07/2017

[TEXTO] Alexandre Ribeiro [FOTOS] Sara Coelho

De volta à Ericeira, a chegada ao Parque de Campismo aconteceu no momento em que começava o concerto de Valas. Nessa altura, o público já ocupava grande parte do espaço em frente do palco. Depois de edições tremidas com alguma indefinição em termos de público-alvo, o Sumol Summer Fest parece ter definido um caminho que, pelo que pudemos ver, pode ser o vencedor, deixando o rap ser a linha mestra.

 


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Se o festival é, grande parte das vezes, um evento que junta e une as pessoas, o rapper de Évora decidiu seguir a regra em cima do palco, convidando a Matilha 401 para o acompanhar nesta jornada. “Rap do Zoo”, “Mad Dogz” e “Damn” foram as faixas interpretadas pelo colectivo e uma demonstração de que Valas não esqueceu de onde veio.

No entanto, o grande destaque foi para um dos últimos singles que lançou: “Alma Velha” caiu na perfeição no final de dia na Ericeira. A faixa junta duas das vozes mais características da nova geração de talentos portugueses – Slow J não apareceu fisicamente, mas o vídeo cumpriu essa função. “As Coisas”, a sua maior canção até agora, e “Dragões e Demónios” fecharam o alinhamento da estreia de Valas no palco principal de um festival.

 


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De seguida, o primeiro nome internacional do dia, Post Malone. Com uma entrada à wrestling – música de metal como banda sonora – e um sorriso na cara, o artista norte-americano apresentou-se apenas acompanhado pelo DJ, que fez um pequeno warm-up com uma playlist que parecia estar directamente ligada às trends do SoundCloud.

R.I.P A$AP Yams. R.I.P Prodigy”. A homenagem foi prestada antes de começar a música e “Too Young” não poderia ser mais adequada: “I don’t wanna die too young“, cantou o rapper e produtor. Rap’n’roll q.b. Com Stoney, álbum de estreia, como base do alinhamento, Post Malone brilhou com os super hits que o tornaram numa figura a ter em conta. “Deja Vu”, tema com refrão de Justin Bieber, “Go Flex”, “White Iverson” e, para fechar, “Congratulations”, faixa com participação de Quavo, são bangers que foram cantados em coro pela audiência. Sem ser um grande cantor ou MC, Post ganha pela fórmula, uma espécie de junção entre o niilismo do emo trap com o soft rap de Drake. Graves e melodia em missão vencedora.

 


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O concerto mais longo do festival pertenceu a Sean Paul, o veterano da Jamaica que continua a criar música para as tops da Billboard, tendo começado esta caminhada no início do milénio. Para quem cá anda há tantos anos, o espectáculo não poderia estar melhor preparado: a banda, as bailarinas, as máquinas de fumo e as luzes são os igredientes necessários para criar uma grande festa, e o artista sabe isso melhor que ninguém.

O alinhamento passou por clássicos como “She Doesn’t Mind”, “Get Busy”, “Got 2 Lov U” ou “Temperature”, mas novos singles açucarados como “Body”, que conta com a participação dos Migos, aqueceram o ambiente no certame junto ao mar.

O final do festival ficou por conta de DJ Slimcutz, um dos mestres do DJing em Portugal e uma das metades do duo Roger Plexico. A selecção cuidada e variada colocou o público, que não arredou pé depois de terminar o concerto de Sean Paul, a saltar ao som de temas como “HUMBLE.”, “Fake Love”, “Bad & Boujee” ou “Look At Me!”. No entanto, os momentos mais marcantes deram-se com Mike El Nite e Deau em palco, os 2 convidados especiais do DJ.

Tal como aconteceu nos concertos de Fat Joe ou Post Malone, Prodigy foi alvo de homenagem por Slimcutz, tendo escolhido “Shook Ones Pt.2” para a despedida da 8ª edição do Sumol Summer Fest. Até para o ano!

 


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